A estimativa é de que o País fature US$ 8,79 bilhões com o comércio de 2,14 milhões de toneladas de carne no próximo ano. O crescimento projetado é de 3% de faturamento na comparação com a estimativa de 2020, e de 6% sobre a quantidade. No mercado global de proteína, o comércio asiático continuará demandando cada vez mais a proteína bovina brasileira.
Fator China
Atualmente, o Brasil possui 35 unidades frigoríficas habilitadas à exportação para o gigante asiático. Para o ano que vem, mais 26 unidades estão prestes a ter a habilitação autorizada. O ritmo de maior abertura tem um porquê: uma maior demanda por parte dos chineses.
“Essa foi a fala do próprio embaixador da China numa das visitas recentes que nós, da Abiec, fizemos ao país. Até 2027 eles dizem que vão precisar de 8 milhões de toneladas de carne. Então, a demanda está garantida”, diz Camardelli.
Mas, segundo o executivo, não há estimativas da fatia que o Brasil poderia abocanhar. No entanto, ele acredita que se o País continuar seguindo o atual modelo de trabalho pode disputar com força esse mercado. Mesmo diante de fortes concorrentes, como os Estados Unidos e a Austrália. Camardelli que o setor vem trabalhando para cumprir todos os protocolos de sanidade e requerimentos estipulados pelos chineses.
A conquista de mais espaço no gigante asiático será um dos grandes trabalhos da Abiec daqui para frente, juntamente com o apoio do governo federal. Um dos projetos da entidade é fincar os pés em território chinês, com a abertura de um escritório em Pequim. O plano inicial era para este ano, mas a pandemia adiou o feito e ainda não há uma nova data para essa agenda.
Destinos
Entre os clientes asiáticos, considerando os dados consolidados de janeiro até novembro, a China responde por uma enorme parcela das exportação, de 42,3% do total vendido. O segundo maior destino foi outro asiático: Hong Kong, que é um território autônomo da China e que envia a grande parte de suas compras ao país. Hong Kong absorveu 290,3 mil toneladas, 15,73% da carne bovina nacional. O terceiro maior mercado foi o Egito, com 6,63% (122,4 mil toneladas), seguido pela União Europeia com 4,83% (89,2 mil toneladas).
Fonte: https://www.portaldbo.com.br/exportacao-de-carne-bovina-e-recorde-em-2020-com-us-85-bilhoes/